Oppenheimer chega às telas na China, mas a nudez de Jean Tatlock é censurada

Os cinéfilos chineses notaram que Florence Pugh, que interpreta Jean Tatlock, nua, está coberta por um “vestidinho preto” na versão chinesa de Oppenheimer.

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Os cinéfilos chineses notaram que Florence Pugh nua, que interpreta Jean Tatlock, está usando um vestido preto gerado por computador na versão chinesa de Oppenheimer. Em vez de criticar a censura, muitas pessoas elogiaram o vestidinho preto, sugerindo que a edição da China é melhor que a da Índia.

O blockbuster de verão de Christopher Nolan finalmente chegou às telas na China, cinco semanas depois de ter sido lançado nos Estados Unidos e em vários outros países.

Em julho, foi confirmado pela primeira vez que o filme seria lançado nos cinemas do continente chinês em 30 de agosto, causando polêmica.

O filme centra-se nos esforços que levaram aos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, destacando o Projecto Manhattan liderado por J. Robert Oppenheimer e a sua equipa de cientistas. Ao longo de vários anos, dedicaram-se ao desenvolvimento e design da bomba atómica. Após os bombardeios de 6 e 9 de agosto de 1945, o Japão se rendeu em 15 de agosto, marcando o fim da Segunda Guerra Mundial e da Segunda Guerra Sino-Japonesa, esta última que se fundiu na Segunda Guerra Mundial em 1941.

Acontece agora que o filme não poderia ter chegado em um momento “melhor” para impulsionar as vendas de ingressos no continente, já que os sentimentos anti-japoneses surgiram na China continental desde a semana passada, quando o Japão anunciou formalmente sua decisão de descarregar as águas residuais de Fukushima no o oceano. Neste contexto, a história da guerra surge frequentemente em discussões online.

Em julho, Fran Lu do SCMP já havia notado como a China provavelmente seguiria o exemplo da Índia e do Oriente Médio ao lidar com as cenas de nudez, acrescentando um vestido preto gerado por computador em topless Jean Tatlock, interpretada por Florence Pugh, em um sexo. cena.

Na quarta-feira, os espectadores chineses logo postaram sobre como Pugh estava realmente coberto por um “vestidinho preto”. Eles também sugeriram que a versão censurada chinesa foi melhor feita do que a indiana. “Posso até ver alguma textura nele, fazendo com que pareça real”, observaram alguns comentaristas do Weibo.

“Nada mal”, comentaram outros.

A censura chinesa à nudez é conhecida por ser bastante flagrante. Uma ilustração infame é a forma como o decote de Fan Bingbing em A Imperatriz da China foi editado, mostrando apenas fotos bem cortadas que retratavam apenas as cabeças e ombros das atrizes.

No ano passado, um show do Coachella transmitido ao vivo causou alguma hilaridade (e frustração) entre os telespectadores chineses quando os censores tiveram dificuldade em cobrir a nudez durante uma apresentação do Megan Thee Stallion (veja o vídeo abaixo).

O Coachella também está sendo transmitido ao vivo via WeChat. Aparentemente, essa apresentação não apenas fez os censores suarem, mas todos também estavam brincando que estavam cantando uma música sobre o distrito de Shanghai Puxi. #MeganTheeStallion #Shanghailockdown pic.twitter.com/2ltSqzFC9c

-Manya Koetse (@manyapan) 17 de abril de 2022

O vestidinho preto gerado por computador diverge da abordagem típica e menos matizada da China para edição e corte.

“O vestidinho preto deveria ser indicado ao Golden Rooster Awards de Melhores Efeitos Visuais”, brincou outro espectador (o Golden Rooster Awards é um prêmio de cinema concedido na China continental).

“Perfeito para o vestidinho preto”, escreveram outros usuários do Weibo depois de ver o filme.

Por Manya The Close&Zilan Qian

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